Observando ao longe, me deparo com um rapaz e um filhote de
cachorro. O filhote corria entre as folhas secas e seu dono apenas o observava
a brincar, algumas crianças encantadas com o filhote foram atrás de brincar com
ele, mas tinha medo, um medo irracional, um medo de algo novo, um medo
estranho, como se o animal ainda pequeno fosse capaz de abocanha-los. Entretanto
o jovem que estava a segurar o filhote de apenas alguns meses, o segurou no
colo, para facilitar as crianças a toca-lo, e mostrar que mal algum ele iria
fazer, e mesmo assim alguns ainda sim evitaram, um menino de aproximadamente 3
anos, estava eufórico, sua mãe estava perto dele e mesmo assim ele olhava o
cachorrinho com os olhos brilhando e recuava cada vez que o filhote se mexia,
ate que ele o tocou, um breve momento magico existiu ali, o garoto com um
sorriso imenso se foi com sua mãe, em quanto olhava para traz para ver a cara
do pequeno filhote.
São medos assim, que eu acho saudáveis, de certa forma um
medo de algo novo, entretanto vivo, algo que um cachorro mais velho talvez
realmente pudesse machuca-lo, mas um bebe quase por assim dizer no máximo iria derruba-lo
se ele tivesse segurando a coleira, porem nada de mais aconteceu, o dono levou
o filhote para sua casa, no colo com um sorriso no rosto, e eu observando tudo
aquilo em silencio senti uma brisa leve de felicidade a me transpassar e um paz
interior.